Aqui, um breve relato meu e de Virna, sobre nossa viagem gastrocultural para o Peru, onde fizemos um roteiro entre Lima, Cusco, Machu Picchu Pueblo (Águas Calientes), Machu Picchu, retornando a Cusco e finalmente Lima. No caminho, uma breve passagem por Santiago do Chile.
Voce pode estar sem entender: Santiago? Vou explicar. Na verdade, nossa viagem começou por Santiago. Como o voo fazia uma conexão na capital do Chile, depois de sobrevoar os lindos picos nevados das Cordilheiras dos Andes, resolvemos aproveitar a tarde para comer os deliciosos mariscos do Pacífico encontrados no Mercado Central e dar uma voltinha pela cidade, que eu não conhecia.
Na empolgação do primeiro dia de viagem, resolvemos enfiar o pé na jaca e pedir uma Centolla, o famoso caranguejo gigante do Pacífico. Nem queiram saber quanto deu a conta... ui, era só o primeiro dia... Muitas big pernas de caranguejo depois, harmonizandas com um elegante Chardonnay Marquez da Casa Concha, aproveitamos o tempinho que faltava para passear um pouco pelos arredores e curtir o fim de tarde em Santiago, antes de seguir viagem. Próxima parada: Lima.
Já em Lima, depois da visita a Huaca Pucllana, continuamos nosso passeio de reconhecimento à cidade. Seguimos pela Avenida Arequipa, surpreendente, limpa e arborizada. Paramos em um simpático restaurante chamado "Tiendecita Blanca" para tomar uma cerveja Cusqueña (a cerveja mais famosa do Peru), um brinde com o famoso pisco sauer e comer o primeiro ceviche em terras peruanas e conhecer o "camote", tubérculo que costuma ser servido com os ceviches, ao lado dos "maíz" (milho). O camote lembra uma mistura de batata com abóbora, doce, cremoso, uma delícia, que me conquistou .
Depois de horas de caminhada, hora de parar para recarregar as energias. Lugar escolhido: o charmoso "La Rosa Náutica". O restaurante fica em um pier de madeira que avança sobre o mar. O lugar é lindo e a comida, esplêndida. Almoçamos em uma mesinha ao lado das grandes janelas de vidro que dão para o mar. Nos deliciamos com uma chapa de frutos do mar e um Castillo de Molina Chardonnay que harmonizou maravilhosamente.
A noite fomos ao Rafael Ostering, um dos mais badalados restaurantes de Lima, uma comida contemporânea e surpreendente. Abaixo um delicioso ceviche de corvina fresca com o maravilhoso leite de tigre e camote acompanhado de uma refrescante cava espanhola.
No dia seguinte, ao caminhar pelas redondezas da Plaza de Armas, nos deparamos com La Casa De La Gastronomia Peruana. Uma surpresa!!
A Casa da Gastronomia Peruana é um museu culinário dedicado à gastronomia do país. Da alimentação nas culturas pré-colombianas à influencia da comida espanhola até a fusão das duas gastronomias e a surpreendente e atual culinária peruana contemporânea, uma das mais reverenciadas cozinhas da atualidade. Podemos conhecer tambem uma sala totalmente dedicada à história e à fabricação do pisco, a bebida nacional.
Um dos principais pontos de entretenimento de Lima, o shopping Larcomar, um charmoso centro comercial com uma vista espetacular para o mar, almoçamos no restaurante "Porto Fino", apreciando o visual e degustando um festival de ceviches e depois um tenro pernil de cordeiro. Para finalizar nosso dia, café, licor e pisco na "barra" do Zamzibar, o simpático barzinho do restô.
Depois de sobrevoar os picos nevados da cordilheira dos andes, próxima parada,
Cusco!
Primeira parada gatronômica no hotel Monastério, uma ceviche de corvina defumada, acompanhada por um
chardonnay chileno com meu sobrenome, não resisti e valeu a pena, o Amaral, reserva do leyda
valley.
Stop and go no Paddy’s, uma pub irlandês para aquecer o corpo e a
alma num frio de 5
graus. Chopp guiness e umas pasteizinhos guarnecidos por pico de gallo pra lá de deliciosos
A noite, um jantar no Cicciolina. De entrada um carpaccio de carne e alpaca e um maravilhoso molho de mostarda
picante e queijo de cabra.
O
Meu prato: Uma
truta salmonada, servido com
um crispy da própria pele, croquetes de camote e uma molho a
base de leite de côco. Suprendente.
O Prato da noite. Virna foi a premiada. Um talharim negro ( na tinta de lula), com lagostines ao molho cremoso de limão. Um prato com uma plástica interessante, remetendo as montanhas de machu picchu e as
áreas agricolas desenhadas por uma azeite de ervas. Muito criativo e gostoso. Ah! O malbec rosé argentino, emoldurou essa obra de
arte!
Primeira refeição a caminho no trem para Machu Picchu. Umas batatas cozidas com azeite ervas e um
queijo bem fresco e uma salada de
quinoa temperada. Confortante!
Jantar no restaurante mais lindo que conhecemos na viagem, o Índio Feliz em Machu Picchu Pueblo (águas calientes) com
a nossa nova
amiga
Regina, saímos de S. Paulo para nos conhecer nesse mágico lugar.
Prato da noite no Índio Feliz: A sobremesa. Uma tarte tatin assada em um forno a lenha!! Indescritível!
Machu Picchu ao nossos pés? Não, somos pequenos demais diante de toda essa maravilha desenhada pelos Deuses
Incas. Nossa reverencia a uma das maravilhas do mundo. Abençoados, voltaremos!